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Quando “quebrar” nos “conserta”

#olhabempqbemtem… Na aprendizagem que podemos ter quando temos que trocar de ferramenta porque a que usávamos quebrou.

Há pouco mais de uma semana, deixamos a fazenda da família Luft e seguimos viagem em busca de novas experiências e mais aprendizagens. O próximo destino era uma pequena cidade medieval no Sul da Alemanha: Bacharach.

Foi também o Workaway que nos trouxe até aqui. Mas, dessa vez, o trabalho aconteceria em uma vinícola.
Quando nos inscrevemos para o trabalho, achávamos que colheríamos uvas… Mas isso não aconteceu, por motivos que explicaremos em um próximo post… E, a verdade, é que…

É preciso “olhar” por diversos ângulos para seguir essa filosofia de “Olha Bem pq Bem Tem”…

Meu primeiro trabalho seria uma dura e interessante tarefa: limpar ao redor de pequenas videiras recém-plantadas.

Enquanto trabalhava, a princípio não consegui enxergar outras reflexões, além daquelas já descritas aqui, sobre quando limpamos a horta… O trabalho acabava se revelando cansativo e maçante.

Cansativo porque o terreno é bastante íngreme… Era preciso descer o terreno seguindo uma linha de videiras, e limpando ao redor de cada pé para, em seguida, subir uma nova linha, repetindo a ação.

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A semana toda foi isso… Mas, como diz aquela famosa frase: “Missão dada é missão cumprida!”
Limpamos quatro áreas destas, aproximadamente umas cinquenta linhas. Uma delas foi a mais desafiadora, porque estava cheia de espinhos silvestres e era muito mais íngreme do que as outras.

Para completar o cenário, logo no início da semana, a ferramenta que usávamos quebrou. Quando isso aconteceu, não era possível buscar outra. O terreno é bastante extenso e tínhamos chegado de carro até ali… Seríamos buscados só mais tarde… Como resolveríamos a situação?

Tentamos reparar a ferramenta usando apetrechos que estavam ao nosso redor. Mas não tivemos sucesso. No final das contas, acabamos utilizando essa outra ferramenta que também havíamos levado.

A princípio, tínhamos um “problema”. Porque (PQ) a ferramenta quebrada parecia ser muito melhor e muito mais eficiente para realizar a tarefa que nos havia sido dada. Entretanto, OLHA BEM PQ BEM TEM… quando algo com o qual contávamos, “quebra”!

Foi quando comecei a usar a outra ferramenta que fiz uma nova reflexão!

Primeira lição: devemos sair da zona de conforto e reaprender

Nova ferramenta.
Nova ferramenta.

Com a outra ferramenta, eu achava que “dominava” aquela tarefa. Estava em uma zona de conforto e isso, inclusive, estava deixando aquela tarefa chata e sem sentido. Eu simplesmente não via a hora de termina-la!

 

Com a nova ferramenta em mãos, tive que encontrar outra maneira de executar a tarefa… Agora, ela não era mais tão fácil… A atual ferramenta me fez olhar por outro ângulo aquilo que já vinha fazendo. E foi aí que, além de reaprender a tarefa, outras conclusões vieram…

Segunda lição: devemos buscar outras perspectivas e “olhares” sobre o mesmo objeto

Foi necessário testar… Pensar em outras formas de fazer aquilo, pois a ferramenta em minhas mãos exigia isso. Mudei o ângulo, a força, a velocidade.

E foi então que aquelas pequenas videiras começaram a me mostrar ainda mais…

A grande maioria das videiras tinha uma vareta de alumínio que servia-lhes como guia, além de caixas de suco vazias ao seu redor para, de certo modo, protegê-las. Mas mesmo essa “proteção” não eliminava a necessidade de limpar ao redor, retirando tudo aquilo que poderia impedir da videira crescer.

Caixa de suco ao redor da vinha.
Caixa de suco ao redor da vinha.

Em certos momentos era preciso, inclusive, limpar a área dentro da caixa… Pois havia crescido mato e outras ervas daninhas naquele pequeno espaço. E na nossa vida também não é assim? Por mais que tenhamos cuidado e apreço por algo ou alguém, devemos, além de ter nossa “proteção”, afastar tudo aquilo que pode nos impedir de prosperar.

Terceira lição: como as videiras, é importante termos “uma vara” na qual podemos nos apoiar…

Algumas videiras não tinham a caixa protegendo-as… Apenas a vareta de alumínio…
Reparei que essas estavam mais fortes e um tanto diferentes… Ao invés de um fino “caule”, tinham uma estrutura mais grossa e folhas grandes ao redor.

Videira sem a proteção da caixa.
Videira sem a proteção da caixa.

Mas, ainda que sem proteção, elas já tinham crescido! As caixas já não eram necessárias, mas o alumínio continuaria servindo-lhes como guia, já que a videira é uma planta trepadeira, que precisa de apoio para subir em direção a luz… De outra forma, ela ficaria pelo chão e não conseguiria dar frutos.

Mais uma vez, fazendo uma reflexão sobre a vida…
Quando encontramos alguém que não está sabendo muito bem o que fazer… Ou que não recebeu a educação mais adequada e tem dificuldades sociais, culturais e econômicas… Lembremos de uma plantação de uvas.

Talvez essa pessoa não tenha tido um “alumínio” no qual se apoiar… Ou talvez tenha crescido sem a “proteção” oferecida pela caixa de suco… Lembremos que, se temos uma estrutura familiar, seja ela de que tipo for… Ou se temos pessoas a quem seguir, ou em quem nos apoiar, temos muito mais condições de crescermos saudáveis e sermos autores de grandes HISTÓRIAS DO BEM.

Bem… E tudo isso porque uma ferramenta quebrou…

Todos os dias estamos vulneráveis a coisas assim…. Uma ferramenta pode quebrar a qualquer momento…
Aliás… O termo “quebrar” pode ser usado em diversas ocasiões e exemplos…

Pense na cena: No momento em que estamos preparando alguma refeição… Tínhamos certeza de que todos os ingredientes estavam ali… Só que não! Temos motivos para não podermos comprar naquele momento o tal ingrediente que falta… Nossa “ferramenta quebrou”! O plano não deu certo…

Mas podemos escolher mudar “nosso olhar”, “nossa perspectiva”. Abrimos a dispensa, a geladeira… E seguimos em frente com outras “ferramentas”, outros ingredientes.

Ou ainda….
Ele não conseguiu acompanhar as mudanças que o ambiente exigia e “quebrou” durante a crise!

Mas, se isso não tivesse acontecido, talvez ele não tivesse conquistado tudo o que conquistou. Porque (PQ) foi o “quebrar” que o fez sair da zona de conforto, reaprender, repensar seu negócio… E não é essa a história dA Família Luft?

Que possamos estar atentos aos transtornos que a vida nos apresenta… Que possamos olha-los dos mais diferentes ângulos, sempre com nova perspectiva. Sem dúvida, aparecerão novos aprendizados e oportunidades e, com elas, podemos contribuir para que o mundo seja melhor, um lugar do BEM.

Muito obrigado e…
#olhabempqbemtem

Luiz Felipe Sandins Mendonça

Luiz Felipe Sandins Mendonça

Luiz Felipe é um empresário com alma de artista. Desde 2019, ele ajuda pessoas a terem mais saúde e qualidade de vida através dos produtos da Omnilife. Dono de uma mente extremamente criativa, otimista incorrigível, é ele o criador do Olha Bem pq Bem Tem.

5 thoughts on “Quando “quebrar” nos “conserta”

  • Amanda Melo

    Muito verdade! Mudei de casa agora e dei a mesa que eu tinha. Já estava preocupadaporque na nova não teria mesa pra eu estudar como gosto. Caderno, papel, laptop…
    Mas as provas não esperariam pela compra da mesa, inclusive sem previsão rs. Resolvi então apenas sentar no chão, travesseiro nas costas, ainda com muito papel, laptop, mas dessa vez com uma força de vontade além. Porque precisava dar certo. O resultado foram ótimas notas nas provas!!! É… Quebrou pra mim e eu precisei da ferramenta esforço ! rsrs

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    • olhabempqbemtem

      Amanda primeiro parabéns pelas ótimas notas!!! 🙂
      Sim, você está certíssima. Precisamos aprender a focar naquilo que desejamos e no seu caso você fez realmente muito bem. Focou em estudar!
      Muito obrigado pelo seu comentário.

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  • Pingback: Olha Bem pq Bem Tem | Comportamento |Quando silêncio é preciso

  • Aldilene César

    Adorei a reflexão, Luiz Felipe!
    O mais fácil quando “uma ferramenta quebra” em nossos caminhos é desanimar e desistir. Mas, o seu texto nos mostra que é preciso insistir, pois dessa insistência há de vir algo novo, e bom!
    Um abraço.

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