O menino que descobriu o vento

“Se você quer chegar lá, tudo o que precisa fazer é tentar”.

“Mas cabe a cada um de vocês decidir o seu próprio nível de comprometimento”

-O menino que descobriu o vento

“O menino que descobriu o vento” estreou no dia 01 de março na Netflix. Desde então, este filme tem sido super comentado e recomendado nas redes sociais. Mas não sem motivo… “O menino que descobriu o vento” conta uma história emocionante e, lindo como é, encaixa-se perfeitamente como um Filme do Bem. Leia até o final e descubra o porquê.

Descrição

“O menino que descobriu o vento” é um filme britânico produzido pela Netflix em 2019, baseado em fatos reais, mais especificamente no livro de memórias de mesmo nome, escrito por William Kamkwamba (personagem principal dessa história, interpretado no filme por Maxwell Simba) e Bryan Mealer.

O filme é estrelado e dirigido por Chiwetel Ejiofor (conhecido pelo filme 12 anos de escravidão) e o elenco conta ainda com Aïssa Maïga, atriz que parece escolher a dedo os filmes que faz. Afinal, ela também estrela outros dois filmes que estão em nossa sessão de Filmes do Bem: “Ele até tem os seus olhos” e “Bem-vindo a Marly Gomont”.

História

O filme conta a história do jovem William, que nasceu em Malauí, um país da África Oriental. Essa história, entretanto, poderia muito bem ter acontecido no Brasil.

Os pais de William são agricultores de uma pequena aldeia do país. Em sua juventude, eles não puderam estudar. Mas queriam muito um futuro diferente para os seus filhos. Por isso, esforçaram-se para que William fosse para a escola.

William, que mesmo antes dos estudos já mostrava-se como um menino curioso e disposto a descobrir o funcionamento das coisas, aproveita cada oportunidade que tem para aprender, ler livros e examinar o ferro-velho local em busca de componentes que possam auxiliá-lo a consertar coisas e propor soluções para o seu dia a dia.

Mas eis que um dia chega a seca em sua terra, como se já não bastasse toda a exploração do governo local para com o seu povo. Nesse momento, toda a aldeia enfrenta uma situação de extrema escassez e de fome. William, entretanto, está longe de se conformar com a situação. Ele não é um garoto que desiste, muito menos um garoto que cruza os braços ou foge. E, agora, ele acredita que tem a solução para o maior dos problemas enfrentados por sua aldeia.

Por que (pq) “O menino que descobriu o vento” é um filme do BEM?

Por onde começar? Afinal, há tantos motivos…

O menino que descobriu o vento é sobre uma família amorosa e sobre pais que querem o melhor para os seus filhos. Mas é também um filme sobre a vontade de aprender. É ainda sobre a curiosidade que nos move, é sobre tentativas e sobre querer encontrar soluções. É também sobre autoconfiança e credibilidade e sobre a luta para que outros acreditem em seus próprios sonhos (ou razão).

O menino que descobriu o vento é mais uma história sobre as dificuldades que a vida te impõe sem que você espere ou peça por elas. Mas é também sobre a superação dessas dificuldades. Resistência e resiliência. E é também sobre o poder da educação.

William, o personagem principal do livro, é um privilegiado no meio em que vive. Afinal, ele tem pais que sabem da importância do estudo. Eles lutam para que seus filhos tenham horizontes diferentes daqueles que eles tiveram. A princípio, eles são bem-sucedidos. Mas a vida não é como a gente planeja, e tudo parece ser em vão quando problemas aparecem.

Ao entrar na escola, o diretor diz aos alunos que eles são responsáveis pelo que eles farão com o conhecimento adquirido. E William leva isso muito a sério!

Ao final, a preocupação dos pais de William não foi em vão. O garoto tem em si a ânsia pelo aprendizado, ele acredita no conhecimento e isso, por si só, apesar de todas as dificuldades, mudará para sempre a vida do jovem, de seus pais e de toda a sua comunidade.

Não deixe de assistir esse filme repleto de lições de vida, com diálogos interessantes e uma fotografia capaz de te fazer vivenciar cada cena de sol, chuva, seca, desespero e alegria.

Bom filme! E depois não deixe de nós contar o que achou aqui na caixa de comentários.

Rachel Jaccoud Amaro Mendonça