Selma (2015)
No dia 04 de abril de 2018, o mundo se lembrou dos 50 anos de morte do pastor e ativista Martin Luther King (1929 -1968). Em homenagem a data, sugerimos que todos aproveitem o final de semana para assistirem ou reassistirem a Selma: uma luta pela igualdade.
Descrição
Lançando no Brasil em 2015, o filme foi protagonizado por David Oyelowo como Martin Luther King Jr., Tom Wilkinson como o presidente Lyndon B. Johnson, Tim Roth como George Wallace e Carmen Ejogo como Coretta King. Selma teve em sua equipe de produção Brad Pitt e Oprah Winfrey, foi dirigido por Ava DuVernay e escrito por Paul Webb.
Foi indicado ao Globo de Ouro de melhor filme dramático, melhor realização, melhor ator em filme dramático e melhor canção original. Também foi indicado ao Oscar 2015 por melhor filme. Mas em ambas premiações venceu apenas o prêmio de melhor canção original: “Glory” de Common e John Legend.
História
Selma narra um drama histórico real: as marchas de Selma a Montgomery, cidades norte-americanas do Estado do Alabama, lideradas por James Bevel, Hosea Williams, Martin Luther King Jr. e John Lewis, no ano de 1965. Na ocasião, os manifestantes reivindicavam o direito ao voto, que era constantemente negado aos cidadãos negros.
O filme tem como figura central o pastor batista Martin Luther King Jr. que em 1965 já tinha consolidado seu papel como ativista dos Direitos Humanos nos Estados Unidos. Em seu discurso, sempre voltado para a não violência, fazia com que ele fosse a melhor opção de diálogo para com o governo norte-americano, dando-lhe influência e acesso direto ao Presidente Lyndon B. Johnson.
Por que Selma (2015) é um filme do BEM?
O filme foi produzido com esmero. Os fatos reais foram muito bem adaptados ao roteiro! Por isso, ele é uma verdadeira aula de História. E, de fato, há uma preocupação da produção nesse sentido.
Martin Luther King Jr. foi meticulosamente vigiado pela CIA durante todo o seu período de atuação, até a sua morte. Sua correspondência era analisada, suas conversas telefônicas gravadas. Por causa disso, há muito material disponível! E o filme, inclusive, informa ao público os diálogos que foram fielmente reproduzidos com base nesse material.
Assim como As Sufragistas, Selma não é um filme fácil de se ver. Mas é um filme que precisamos ver! E isso por dois motivos que julgo principais. O primeiro é conhecer e reconhecer que a luta pelos Direitos Humanos não foi nada fácil. Tomar conhecimento deste fato, possibilita que valorizemos tudo aquilo que já alcançamos. Ao mesmo tempo em que nos impulsiona a querer conquistar ainda mais.
De fato, quando um amigo seu diz que não vai ao banco com uma mochila nas costas porque não o deixam entrar ou quando acontecem mortes como a de Marielle Franco, percebemos que ainda há um longo caminho pela frente na luta pela igualdade, inclusive em nosso país.
O segundo motivo é que o filme nos possibilita termos uma visão mais pessoal dos fatos. Muitas vezes, ao estudarmos História, nos esquecemos que estamos falando de pessoas reais, seres humanos falhos como eu e você.
Mas Selma nos permite esse olhar…
Os manifestantes dessa marcha histórica, bem como o famoso Martin Luther King Jr., eram pessoas comuns. Cheias de sonhos, desejos, defeitos e falhas também. Eram pessoas que queriam um mundo melhor para si, como eu e você, mas estavam longe de serem perfeitas. No entanto, elas insistiram, sofreram, lutaram bravamente e conquistaram para nós (e não para eles mesmos) um mundo melhor. Muitos não chegaram a ver Barack Obama ser eleito!
Em resumo, Selma é um filme do bem porque nos ensina muito, nos faz arrepiar e nos instiga a fazer e a querer mais. Assim como a Trilogia Queda de Gigantes (que em seu terceiro volume também relata eventos em torno de Martin Luther King), ele nos dá aquela dimensão pessoal sobre a História. Ele nos sacode e nos faz entender as gerações passadas, ao mesmo tempo em que nos coloca na linha de frente da geração atual, como verdadeiros agentes de mudança.
É um filme imperdível! Assistam até o último minuto para ouvirem Glory, a música vencedora do Oscar de melhor canção original. É de arrepiar!
Bom filme e… #olhabempqbemtem
Trilha sonora deste post:
O post sobre a vida de Martin Luther King Jr (ou uma parte importante de sua trajetória pacífica!) lembra o sentido da vida e a importância da convicção com relação ao bem, tanto no pensar o bem quanto no fazer o bem. Um bem que se pensa e se faz, não somente na esfera pessoal, mas também no contexto coletivo, objetivando a dignidade humana! Grato pela lembrança do filme Selma (2015), mas também grato pela lembrança de mulheres e de homens (muitas e muitos anônimos…) que deixaram as suas contribuições – em vida – em favor de um bem singular, pelo outro e pela humanidade!
Sim, devemos lembrar sempre dessas pessoas! Muito obrigada por seu comentário, Edilson!