Cenas do Bem

Jogos e atividades ao ar livre

#olhabempqbemtem… crianças terem o hábito de praticarem atividades ao ar livre.

Já faz um tempo que tenho vontade de escrever este texto. E a vontade aumentou, principalmente, em dois episódios. O primeiro foi quando tive o privilégio de ficar uma semana com meus sobrinhos de 6 e 7 anos; o segundo, quando assisti a Rainha de Katwe.

O primeiro episódio ocorreu no final do ano passado. Pegamos as crianças e fomos passar o Ano Novo na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, na casa de meus pais. Já disse anteriormente que meus sobrinhos são como filhos para mim, e é deles que sempre lembro quando escuto a música Trem Bala, de Ana Vilela. Por isso, sempre que posso, quero estar com eles. Não importa se é para um passeio a tarde, ou para passarem o final de semana em minha casa.

É também por isso que procuro ser aquele tipo de tio que sempre está brincando e criando aventuras. Mas, ao mesmo tempo, aquele tio que educa e que chama atenção quando eles resolvem agir contra meus ensinamentos. Tenho orgulho em dizer que eles tem completa ciência do que podem e não podem fazer quando estão na minha casa.

Eles são crianças maravilhosas e supereducadas. Mas, acontece que, assim como a grande parte das crianças, quando estão na casa de vó, tudo pode mudar! Tudo fica mais fácil e tranquilo. Não há tantas cobranças, afinal, vó é vó!

Não quero dizer que avós não se preocupam em educar seus netos. Claro que se preocupam, mas com um jeito todo carinhoso e especial. Já até escrevi sobre elas em Ah! Vó…

O fato é que todos os netos sabem que, enquanto estiverem na casa de seus avós, terão mais mordomia e menos cobrança.

Cuidar de meus sobrinhos enquanto eles estavam na casa de seus avós foi bem trabalhoso!

Esta foi a primeira vez que eu era o responsável por eles ali. Das outras vezes, estavam com o pai ou a mãe e aí o tio fica com a parte boa! Dessa vez, fui surpreendido pelo comportamento deles. Se eu tivesse deixado, eles teriam ficado o dia todo nos joguinhos do celular, na televisão ou no computador.

Há pouco tempo eram felizes em Brincar com o que se tem! Agora, só queriam saber do celular e de ganhar outro celular…

E foi assim que de repente me vi estressado. Deixando de ser o tio divertido e brincalhão, para ser aquele chato que não deixa os sobrinhos fazerem o que eles querem. Como foi difícil me colocar na posição dos pais deles.

Cheguei a conclusão de que realmente é muito mais cômodo para os pais deixarem seus filhos na frente dos programas de TV, dos jogos, ou navegando pela internet. Ainda que se esteja atento a programação e às opções mais adequadas para a faixa etária de cada um.

Sabemos que essas opções têm o poder de hipnotizar por horas e horas as crianças. Elas se tornam um alento para os pais. Quando estão na frente dos retângulos iluminados, os pais podem realizar suas próprias tarefas tranquilamente, sabendo que seus filhos estarão “seguros”.

Mas será mesmo a melhor opção?

Como expliquei em Feito com amor, já estou há mais de quinze anos no mercado de entretenimento infantil e já trabalhei com os mais diferentes perfis de crianças. Posso dizer com segurança que muitas crianças ficam tão fissuradas no videogame que se esquecem de brincar de outras coisas ou até com outras crianças. A prática realmente vicia e causa alienação.

Para piorar a situação, quando trocam as atividades ao ar livre por aquelas que são realizadas apenas dentro de casa, as crianças correm o risco de tornarem-se adultos fracos fisicamente e com grandes dificuldades nas áreas de desenvolvimento social, motor e cognitivo.

Por mais trabalhoso que seja, acredito que todo responsável que deseja o melhor para os seus filhos, deve se esforçar, trabalhar e contribuir para que sua criança possa crescer de forma mais saudável. E crescer de forma mais saudável significa equilibrar o tempo que ela divide com os vícios tecnológicos do século XXI que, sem dúvida, não fazem parte apenas da esfera infantil.

É preciso envolver as crianças em atividades ao ar livre, já que são elas que contribuirão muito para fortalecer e aprimorar tanto o desenvolvimento físico quanto social.

E foi isso que fiz com os meus sobrinhos. Quando eles diziam que preferiam o jogo no celular a outras brincadeiras, eu logo arrumava uma desculpa para os tirar de casa. Fomos a praia, fomos ao circo, fomos ao parquinho. E, apesar de suas reclamações no início, ao fim eles estavam felizes e até bastante cansados… Prontos para uma noite de sono bem-dormida!

Uma cena do bem

A cena do bem que escolhemos para este post foi a de nossa ida ao parquinho. Pode parecer uma bobeira, mas não é. Basta um pouco de atenção para percebermos os benefícios. Além do desenvolvimento físico e motor, uma simples ida ao parque contribui muito para o desenvolvimento social. Quem nunca se admirou com a rapidez com que as crianças fazem amizade onde quer que elas estejam? Tenho então uma tese. Por todos os benefícios já citados, uma ida ao parque ajuda as crianças a se prepararem para os desafios da vida adulta.

Mas mencionei também que assistir ao filme Rainha de Katwe também me incentivou muito a escrever este post. Qual seria a relação?

Rainha de Katwe gira em torno do nobre e antigo jogo de xadrez e de como uma menina bem humilde aprendeu a jogá-lo e a se destacar por causa dele.

Quando o assisti, já tinha vivenciado a experiência anterior com meus sobrinhos. E não pude evitar em pensar no quanto o xadrez, bem como os jogos de tabuleiro, os quebra-cabeças e jogos de memória podem e devem fazer parte da rotina das crianças.

Quem de nós não tem boas lembranças ao se recordar de uma partida de War ou Imagem e Ação com os amigos, ou ainda das infindáveis rodadas de adedanha, para as quais precisávamos apenas de papel e caneta?

Estamos vivendo a Era Tecnológica e computadores, tablets e celulares farão cada vez mais parte da rotina de nossas crianças. Mas o convite que faço é para refletirmos sobre o quanto essa nova geração pode perder se nos acomodarmos em apresentar a ela somente o que há de mais tecnológico nos dias de hoje.

Momentos de diversão com os amigos, ou de cumplicidade entre pais e filhos são bem mais fáceis de serem construídos quando estamos longe dos videogames, dos celulares e das televisões. E são esses momentos que nos deixam fortes quando passamos por alguma dificuldade ou desafio no futuro. O que será de nossas crianças se elas não tiverem esses momentos guardados em sua memória?

Se você concorda conosco, temos um pedido a fazer!

Envie para querocontribuir@olhabempqbemtem uma cena sua ou de outra pessoa fazendo atividades ao ar livre ou “a moda antiga” com suas crianças e jovens. Vamos inspirar mais responsáveis a adotarem essa prática tão saudável e importante!


Você também pode compartilhar esse texto em suas redes sociais, com amigos que são pais, professores de arte e educação física, recreadores, educadores e psicólogos. Juntos será mais fácil conquistarmos um mundo melhor, um mundo do BEM.

Muito obrigado e… #olhabempqbemtem

Luiz Felipe Sandins Mendonça

Luiz Felipe Sandins Mendonça

Luiz Felipe é um empresário com alma de artista. Desde 2019, ele ajuda pessoas a terem mais saúde e qualidade de vida através dos produtos da Omnilife. Dono de uma mente extremamente criativa, otimista incorrigível, é ele o criador do Olha Bem pq Bem Tem.

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