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Feijão Preto

#olhabempqbemtem …O sentimento de nostalgia que certas ações podem causar.

O feijão é uma das comidas mais recorrentes no prato dos brasileiros! O feijão preto, especificamente, é o principal ingrediente de uma das receitas mais famosas de nossa cultura: a feijoada!

Eu, pelo menos, como feijão desde que me entendo por gente… Porém, nunca tinha parado para analisar o que isso significava… Ou seja, como é que o feijão vinha parar no meu prato.

Mas… Em nossa quarta e última semana de trabalho na fazenda autossustentável da Família Luft, tivemos o grande prazer e privilégio de colher justamente eles… Os feijões pretos!

O pé de feijão preto é uma planta rasteira… Seus galhos vão se emaranhando no chão e, como sempre, enroscando-se a eles, vão surgindo um monte de “ervas daninhas”. Assim, as plantas verdes que vocês podem ver na foto abaixo são essas praguinhas sobre as quais falamos aqui. O feijão são os galhos mais secos, que estão mais perto do solo. Estava lá mais um desafio, mas… mãos a obra!

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Assim que comecei a tarefa, logo fui invadido por um sentimento de nostalgia pelos meus tempos de criança…

Fui remetido àquela época em que estava na escola, quando uma das primeiras experiências havia sido plantar o famoso carocinho de feijão no algodão!

Ah…! Comecei a divagar devagar nestas lembranças de um tempo tão bom… Não sei se hoje em dia as crianças na escola ainda fazem tal experiência… Mas, se não fazem, uma pena! Para mim este experimento deve continuar fazendo parte da rotina dos alunos que iniciam a fase escolar.

Lembro-me BEM da lição que tive com o “carocinho de feijão no algodão”… Da consciência de que existe vida em outros seres como as plantas… Pois ali estava o caroço de feijão brotando no algodão em poucos dias, naquela magnífica transformação da natureza. E isso me fez respeitar as plantas, e sigo até hoje com esses conceitos.

Mas meus pensamentos não se limitaram apenas ao feijão e ao algodão. Muito pelo contrário, cada vez mais a nostalgia tomava conta de mim… Bateu aquela saudade gostosa da comidinha da mamãe! Ia colhendo o feijão, e a saudade vinha… Logo imaginei uma panela cheia! Hummm… Pude até sentir o cheiro, acompanhado do chiar da panela de pressão!

E quando se fala de tempero de comida e de feijão, quem também é lembrada? Ah… Vó… Vovó… Que saudade da comida da minha vó! (Mas este foi assunto deste outro post aqui).

Olha Bem pq Bem Tem… imaginar uma panela cheia de feijões!

A princípio, quando olhei a área da plantação de feijão, pensei que seria complicado encher o nosso balde com aquelas pequenas cascas contendo alguns poucos caroços… Aí comecei a pensar no processo todo de plantar e colher o feijão…

Mas nunca havia me passado pela cabeça o trabalho que é colher cada vagem daquela! Algumas com dois grãos, outras com um pouco mais… Em média, cada vagem tinha apenas 6 grãos! Isso sem contar que, se tirarmos sem o cuidado necessário, podemos perder os caroços… O que significa perder tempo procurando os grãos que caem na terra entre os galhos secos.

Mas engano daqueles que pensam que é só colher ali e já terminou a tarefa! É preciso cumprir algumas etapas.

As vagens que ainda estão verdes devem ser separadas e penduradas em um secador para que os grãos amadureçam. Além disso, para retirar os grãos com sucesso, é preciso que as vagens estejam secas, sem a umidade trazida pela terra e pela chuva. Assim, após a colheita elas são espalhadas em secadores, antes de retirarmos os grãos do feijão de dentro delas.

Também nunca havia parado para pensar que determinados alimentos precisavam “secar” para serem consumidos. Ao colhermos o feijão, a planta já está praticamente morta, está no fim do seu ciclo!

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Parei para pensar e fiz uma analogia para todo esse processo:

Também em nossa vida, às vezes, somente o tempo pode nos trazer uma real aprendizagem para algo que aconteceu. É necessário ter paciência e deixar “secar” aquela “ferida”. Quando entendemos e fazemos isso, finalmente conseguimos “colher os frutos” de tudo o que aconteceu!

Não seria exatamente esse o processo da colheita do feijão?!

Desejo que essa reflexão lhe tenha sido útil e inspiradora como foi para mim.
Agora, da próxima vez que estiver saboreando aquele feijão gostoso em seu prato, saiba que foi preciso dedicação, paciência e tempo para que cada grão daquele estivesse ali.

Muito obrigado e bom apetite… ops!  Quer dizer, e… #olhabempqbemtem 8)

Luiz Felipe Sandins Mendonça

Luiz Felipe Sandins Mendonça

Luiz Felipe é um empresário com alma de artista. Desde 2019, ele ajuda pessoas a terem mais saúde e qualidade de vida através dos produtos da Omnilife. Dono de uma mente extremamente criativa, otimista incorrigível, é ele o criador do Olha Bem pq Bem Tem.

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