Agradecer publicamente

agosto 3, 2020agosto 3, 2020 Luiz Felipe Sandins Mendonça

#OlhaBempqBemTem… Agradecer publicamente.

Podia sentir que o vento realmente estava forte, mais forte do que todas as outras vezes em que voei. Enquanto a aeronave chacoalhava, já notava uma leve tontura, e estava um pouco enjoado.

O passageiro na poltrona atrás de mim explicava para uma moça que aparentava certa aflição que poderia ser normal tudo aquilo que acontecia. Disse que o chacoalhar poderia ser por conta da geografia do aeroporto da cidade de Porto. Por estar muito próximo ao mar, havia maior propensão do avião ser acometido por fortes rajadas de vento.

O alemão que estava ao meu lado engajou-se na conversa e tentou descontrair o momento com uma piadinha. Talvez como uma forma dele mesmo se tranquilizar.

Tudo isso aconteceu em apenas alguns minutos, mas foi o suficiente para gerar uma agitação nos ânimos dos mascarados que ocupavam o avião.

Aproveitei que naquele voo havia acabado a leitura de mais um livro de Napoleon Hill para imediatamente colocar seus ensinamentos em prática: AMP – Atitude Mental Positiva – antes que me viesse qualquer pensamento negativo.

Foi então que eu aproveitei que estava ao lado da janela para apreciar a vista e me apaixonar um pouco mais pela cidade de Porto. A orla do mar em que o Rio Douro desembocava estava realmente muito bonita naquele dia de sol. E enquanto aproveitava para registrar algumas fotos, o trem de pouso fora acionado e o piloto finalmente pousou o avião.

Mais um pouso de sucesso e de repente ouvi umas leves palmas que puxaram outras.

Não foi a primeira vez, e nem seria a última em que presenciaria aquela cena. Mesmo com toda aquela “chacoalhada” que o avião fazia minutos antes de pousar, palmas soaram ao final da aterrizagem bem-sucedida. Por que não? O voo e o pouso não foram bem-sucedidos, afinal?

Lembre-se das palmas sempre que alcançar resultados desejados

Se você tem o costume de viajar, pode ser que já tenha presenciado essa cena bastante comum em voos ocupados por brasileiros e portugueses, mas não tão comum em voos ocupados por outras nacionalidades. É que brasileiros e portugueses são de fato povos amistosos, que não têm vergonha em demonstrar sua alegria, nem sua insatisfação. Entretanto, aquele voo, embora tivesse portugueses, a grande maioria era de alemães.

Talvez por isso as palmas tenham sido tão tímidas no final. As primeiras vieram da minoria portuguesa, mas em seguida ganhou adesão dos demais passageiros. Pois é, uma palma, tem o costume de chamar outra, certo?

Muitas vezes estamos tão distraídos com a correria do dia a dia e com os pequenos eventos do cotidiano que esquecemos de agradecer. Sim, agradecer é muito importante. Afinal, para além de “funcionários” foram pessoas que te levaram até ali, que te ajudaram, que contribuíram para que o seu dia ocorresse conforme planejado.

Portanto, lembremos das palmas sempre que alcançamos os resultados desejados. Nossas palmas podem despertar gratidão naqueles que nos cercam e fazer real diferença, para além da vida do aplaudido.

Você já agradeceu em voz alta à pessoa que cozinhou para você hoje? Ou que abriu a porta para você passar? Lembre-se sempre de agradecer publicamente.

Que estejamos sempre atentos a tudo aquilo de bom que acontece ao nosso redor. Para agradecermos, sempre que for necessário agradecer. E que façamos nossa parte para potencializarmos ainda mais tudo aquilo que pode fazer bem a nós e também àqueles que nos cercam.

Despeço-me batendo palmas para você, como uma forma de agradecer seus esforços em garantir um mundo melhor para todos nós.

Muito obrigado e… #olhabempqbemtem

Luiz Felipe Sandins Mendonça