Cenas do BemComportamento

Abraços durante a tormenta

#olhabempqbemtem … Abraços durante a tormenta.

De vez em quando é assim: as coisas começam a dar errado… Problemas aparecem um após o outro, como peças de dominó que caem em sequência. Eles vão se acumulado sem aviso prévio, sem pedir licença. De repente, eles acabam com o seu planejamento e te deixam completamente perdido. Às vezes é assim… Os problemas aparecem, mas sequer eles foram causados por você. Afinal, são as tormentas da vida.

Curioso que no ano passado as tormentas vieram mais ou menos neste mesmo período do ano. Seria o inferno astral ou “as águas de março fechando o verão”? Naquela ocasião, escrevi uma série de artigos sobre os problemas que apareceram: Na saúde e na doença, Na alegria e na tristeza, Aceite o que a vida lhe dá, Pedido de ajuda, Qual o seu legado?. Eram mais reflexões do que soluções. De qualquer forma, hoje olhando para trás, entendo o quanto foi importante viver aqueles desafios.

Hoje, não me sinto com a mesma disposição para enfrentar os velhos novos problemas. Sinto-me cansada. Não sei o que fazer para solucioná-los. E, enquanto tento sobreviver acreditando que Deus vai aparecer com alguma solução ao final, peço por abraços. Enquanto não sei o que fazer e não penso em desistir, peço por abraços. Porque abraços curam e deixam o meu dia mais feliz.

Abraços, quando dados com propósito, são singulares, como remédios para diferentes situações.

Eu poderia fazer uma lista enorme dos abraços que mais gosto. Mas exemplificarei com apenas 4 deles.

O abraço do meu amor:

O abraço do meu amor faz o mundo desacelerar. Como diz a música: “porque quando você me abraça, o mundo gira devagar”. A respiração se acalma. Dá pra ouvir as batidas do coração dele. As prioridades voltam para onde deveriam estar. Os problemas ficam temporariamente suspensos. Como aquela pausa no filme de terror ou no videogame, antes de você arriscar sua última vida. É preciso respirar.

O abraço de minha mãe:

O abraço de minha mãe traz consolo e proteção. Porque eu sei que, se ela pudesse, ela me colocaria novamente em seu útero, para me proteger de qualquer mal do mundo exterior. Eu sinto que não há ninguém que torça mais por mim do que ela. Às vezes ela não pode fazer nem dizer nada, mas basta ela estar ali. É preciso receber.

O abraço de minha sobrinha:

O abraço de minha sobrinha de 3 anos é sincero. Ela ainda não está poluída pelas convenções do dia a dia. Por isso, ela só abraça quem ela quer, quando ela quer, do jeito que ela quiser. Isso faz com que os abraços dela sejam mais raros mas também especiais. É daqueles cheio de sorrisos francos, de braços abertos, apertado, que te fazem sentir especial e te recarregam de esperança. É preciso esperar.

O abraço de meus avós:

O abraço dos meus avós nem sempre tem a mesma força e determinação físicas como os da minha sobrinha. Eles já foram como abraços de mãe. Hoje, entretanto, são mais frágeis. Mas nem por isso carentes de significado. Em oposição ao abraço do meu amor, eles fazem o tempo acelerar. Porque eles trazem em si um caminhão de memórias. Fazem passar um vídeo em minha cabeça e reafirmam quem eu sou e para onde vou. Fazem-me perceber que, se hoje a energia está maior em mim, eu preciso transferi-la. Mais do que receber, é preciso dar.

Abraços durante a tormenta ajudam a superar as diversidades, a seguir em frente, a virar a página. 

Eu poderia ter escrito um texto técnico sobre o assunto. Afinal, já existe a Terapia do Abraço que defende e comprova os inúmeros benefícios dessa prática. Mas acho mais bonito e sensível dividir a minha experiência pessoal.  E afirmo que funciona mesmo! Por isso eu pergunto: você já recebeu o seu abraço hoje? Não hesite em solicitá-lo. É gratuito e fará tão bem àquele que pede quanto àquele que retribui.

Rachel Jaccoud Amaro Mendonça

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Trilha sonora deste post:

Dentro de um abraço – Jota Quest

P.S. A foto que escolhi para ilustrar esse post foi publicada pelo Olha Bem pq Bem Tem em homenagem ao Dia dos Pais em 2018. Na cena, minha sobrinha corria para abraçar o seu pai. Faz alguns meses que esta cena ocorreu, mas lembrei dela ao escrever este texto e, por isso, a escolhi para ilustrá-lo… Na hora da tormenta, corra para um abraço. <3

Rachel Jaccoud Amaro

Rachel é historiadora por formação, escritora por vocação e fotógrafa nas horas vagas. Ama quebrar paradigmas e, exatamente por isso, abraçou o Olha Bem pq Bem Tem como projeto de vida.

One thought on “Abraços durante a tormenta

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