Rainha de Katwe
Temos a alegria de compartilhar com vocês essa nova sugestão de Filme do Bem que nada mais é do que a contribuição de dois leitores do “Olha Bem”: Aldilene Cesar e Eduardo Diniz. Eles assistiram a Rainha de Katwe e acharam que o filme tinha a cara desta sessão de nosso blog! Eles escreveram o texto abaixo e enviaram para nós! Como amamos assistir a um bom filme, nós assistimos também e podemos dizer que ele é realmente maravilhoso. Leia o artigo que eles escreveram e entenda o porquê.
Descrição
Rainha* de Katwe (título original: Queen of Katwe) é uma produção cinematográfica norte-americana, com duração de 125 minutos, do gênero drama biográfico. Lançado em 2016, com direção de Mira Nair e escrito por William Wheeler, o filme foi baseado no livro de Tim Crothers, intitulado The Queen of Katwe: a Story of Life, Chess, and One Extraordinary Girl’s Dream of Becoming a Grandmaster (publicado em outubro de 2013).
História
O filme, baseado em fatos reais, apresenta a história de Phiona Mutesi (Madina Nalwanga). Phiona é uma adolescente, órfã de pai e moradora de Katwe, a maior favela de Kampala, capital de Uganda. Muito cedo, ela precisou deixar a escola para ajudar a sua mãe a sustentar a família. Em depoimento ao Jornal El País, ela relatou que quando tinha dez anos, junto com o irmão, procurava comida nas ruas da cidade africana. Foi nesse momento que ela conheceu Robert Katende. Robert era um missionário que alimentava crianças em troca de que aprendessem a jogar xadrez.
O filme mostra a trajetória da menina ao longo de alguns anos, destacando as muitas dificuldades do seu dia a dia. Mas com o xadrez, a protagonista teve sua vida transformada ao se revelar como prodígio do jogo e utilizar de suas estratégias para superar diversos obstáculos e transformar seus sonhos em realidade.
Por que Rainha de Katwe é um Filme do BEM?
Entendemos que Rainha de Katwe é um Filme do Bem porque mostra uma história real de superação. Superação vinda de uma menina, que é quase uma criança.
Logo nos primeiros passos no aprendizado de Phiona no xadrez, outra menina a ensina a movimentar as peças no tabuleiro. E ela avisa: naquele jogo “quem é pequeno pode virar grande”. A frase faz referência ao fato de que no xadrez, quando um peão consegue atravessar todo o tabuleiro e alcança a última casa da fileira, ele muda completamente a sua posição hierárquica no jogo em um movimento denominado “promoção”. Podendo, assim, transformar-se em qualquer peça à escolha do jogador, à exceção do Rei. (Normalmente a peça escolhida é a Dama, peça mais poderosa do nobre jogo).
Curiosamente, a história e os sonhos de Phiona, por analogia, seguem essa mesma regra. Assim, Phiona, que nem mesmo frequentava a escola, demonstra uma incrível habilidade de analisar múltiplas possibilidades de jogadas até alcançar a vitória.
O filme mostra a história de uma vencedora. Mas não de um conto de fadas. Mostra vitórias, tropeços, alegrias e decepções, como acontece na vida de qualquer pessoa. Mas, ao longo da jornada Phiona vê seus sonhos se realizando e comprova que todos os esforços valeram a pena.
Há ainda, na segunda parte do drama, um alerta para que o sucesso não suba à cabeça da enxadrista. Pois a humildade também é uma lição importante. Lição que deve ser aprendida. Lição que deve ser cultivada ao lado dos valores do amor à família, do desapego aos bens materiais e das glórias passageiras oriundas das conquistas esportivas.
O filme nos inspira a acreditar que as coisas que sonhamos podem ser possíveis. Que não será fácil consegui-las, mas que são possíveis, até mesmo no cenário e nas situações mais improváveis. A história nos inspira a ir em frente, mesmo que tenhamos medo. Para nós, a mensagem central do filme é a de que devemos acreditar no poder da superação. Devemos ultrapassar as dificuldades e chegar à vitória.
Nota: *O termo “Rainha” no título do filme no Brasil é consequência da tradução literal do Inglês, língua na qual a peça mais poderosa do xadrez é chamada de “Queen”. Porém, esse termo “Rainha”, para a peça, é considerado equivocado em português, pois tanto na literatura quanto oficialmente nas regras enxadrísticas é utilizado DAMA.
Aldilene Cesar e Eduardo Diniz
Muito obrigado, Aldilene e Eduardo, pela contribuição de vocês! E caso você, querido leitor, também queira contribuir com textos, fotografias e/ou sugestões, envie-nos sua mensagem para: querocontribuir@olhabempqbemtem.com.br !
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