Comportamento

O bem não pode ser levado com a morte

#olhabempqbemtem… Encontrar bons ensinamentos naquilo que já se foi… Morreu.

O dia 2 de novembro é celebrado pela Igreja Católica como o Dia dos Mortos. A data comemorativa surgiu no século II a.C. E hoje, no Brasil, a data é lembrada não apenas pelos cristãos da Igreja Católica, mas também pelos seguidores do Candomblé e, ainda que de uma forma mais contrita, pelos Espíritas Kardecistas, dentre outros.

Enfim, é um feriado nacional! Mas, para mim, a data acabou por marcar a minha vida de forma diferente. Porque foi neste dia que eu vi pela primeira vez a mulher que hoje é minha esposa. E foi pensando um pouco sobre essa contradição – dia triste X dia feliz – que resolvi compartilhar aqui no blog esta minha reflexão.

O mais comum é as pessoas associarem morte à tristeza. Mesmo que haja diferenças entre as crenças religiosas de cada um, faz parte do ser humano associar morte ao fim da vida que nós conhecemos e/ou a ausência de um ente querido. Saudade.

Entretanto, como já escrevi em A certeza mais incerta, sabemos que uma hora ela virá para todos nós e para todos aqueles que amamos. Eis a constatação com a qual temos que viver todos os dias de nossas vidas.

Mas, afinal, o que é morte?

Resolvi abstrair qualquer tipo de sentimento em relação a morte e divaguei sobre a questão. Afinal, você já deve ter reparado, gosto de combinar aprendizagem com os mais diferentes temas, situações e experiências, especialmente quando aparentemente parece ser impossível fazer essa correlação. Chamo de uma busca sensata por “paradoxos de reflexões”.

Pensei então sobre os dias que nascem. Desde o acordar do sol com seus raios de luz que iluminam o horizonte, clareando os dias, como fazemos ao despertar de nossos sonos. Não podemos ter certeza de como de fato será esse dia, mas nada nos impede de fazermos algumas previsões e planejamentos. E, assim como o condicionamento do sol, a maioria de nós, tem hábitos bastante condicionados logo pela manhã.

O dia continua… E será moldado de acordo com o que sentimos por ele. Algumas vezes, ele passa rápido demais e acaba antes do que gostaríamos, outras vezes temos a impressão de que as horas não passam. Outras vezes, temos a impressão de que aquele dia foi diferente… Foi um Dia Especial, marcado por momentos de aprendizagens, encontros, ou trocas inesquecíveis. Como hoje é o 2 de novembro de 2012 para mim – inesquecível.

Seja o seu dia como for, entretanto, é certo que ele também se despedirá, morrerá. Assim como morrem as horas, os minutos e os segundos. Então uma definição da morte poderia ser algo que acaba e não pode mais voltar? (Repito que estou abstraindo crenças e todo o mundo transcendental rs).

Os detalhes da vida

Assim como os dias que morrem, tudo o que conhecemos um dia pode não existir. Mas eu gosto de chamar a atenção para a vida. Afinal, para mim a vida é como um pequeno grão, quando ser “pequeno” não é o suficiente para qualificá-lo.

Pense em um grão de areia no chão de uma sala. E agora pense neste mesmo grão em um dos olhos.
Consegue sentir a diferença?

Em um mundo cheio de prejulgamentos, vejo inúmeras qualificações para a vida na maneira física como ela se apresenta. Em um mundo de aprendizagens, entretanto, vejo inúmeras qualificações para a vida, de acordo com os resultados que dela vieram.

E resultados podem não ter fim ou serem os mais variados possíveis. Por isso, após toda uma vida, a morte pode vir acompanhada dos mais diversos resultados, quando decidimos encaixá-la no mundo de aprendizagens.

2 de novembro

Foi pensando nisso que acabei me aproximando da celebração que muitos fazem para o dia 2 de novembro. Ao pensar em cada dia que morre, percebo que cada um deles foi um grão que pode me ensinar a ter um próximo dia melhor. E se eu reunir cada um desses dias como grãos de aprendizado, posso juntá-los e “criar um castelo”.

Afinal, a vida está nos detalhes de cada dia, em tudo aquilo que fez ou faz parte deste dia.
E aí eu penso… Existem pessoas nestes dias. E as pessoas morrem.

Entretanto somente nós temos o poder de deixar ir tudo aquilo que resolvemos guardar.

No dia dois de novembro, aproveitarei para dedicar uma parte do meu dia para agradecer, lembrar e relembrar daqueles muitos que já morreram e me fizeram enxergar o detalhe de cada grão, ajudando-me a construir tudo aquilo que sou hoje.

Se hoje tenho uma esposa a quem amo ao meu lado, é porque outros relacionamentos tiveram que morrer. Como qualquer morte, eles trouxeram sofrimento. Mas são a eles que eu devo uma boa dose de aprendizagem. E foram eles que me fizeram tornar o relacionamento de hoje muito melhor.

Por isso agradeço a todos os outros dias que fizeram parte de minha vida.

Desejo a todos que em seus sentimentos com a tão famosa e dolorosa morte estejam também os sentimentos de gratidão e aprendizagem.

Muito obrigado e…
#olhabempqbemtem

Luiz Felipe Sandins Mendonça

Luiz Felipe Sandins Mendonça

Luiz Felipe é um empresário com alma de artista. Desde 2019, ele ajuda pessoas a terem mais saúde e qualidade de vida através dos produtos da Omnilife. Dono de uma mente extremamente criativa, otimista incorrigível, é ele o criador do Olha Bem pq Bem Tem.

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