Cenas do BemComportamento

À deriva de um Carnaval

#olhabempqbemtem… Em festas de carnaval.

“Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar” (Cartola – Preciso Me Encontrar)

Carnaval, a festa da carne!

Do latim “carna vale” que significa “adeus à carne”. Ou ainda, segundo o dicionário Houaiss, do latim clássico CARNEM LEVÁRE, substantivo que significa “abstenção de carne”; ambos em referência às recomendações da Igreja Católica para a Quaresma (o termo é bem explicado nesse pequeno artigo aqui).

Para muitos são dias em que alimentarão seus desejos, sem julgamentos, sem proibições.

No Brasil, tornou-se uma festa muito conhecida, que atrai turistas de todas as regiões do mundo.
Entretanto, o Carnaval tem origens que remontam a festas realizadas desde a Antiguidade. Tendo sido mais tarde apropriado pela Igreja Católica e incorporado ao calendário cristão.

Em cada região, o Carnaval tem suas peculiaridades. As máscaras e fantasias tornaram-se populares na Itália e na França no século XVII. Mas a forma como o conhecemos hoje no Brasil, com música e blocos de rua, começou a ser concebida apenas no século XIX (se quiser saber mais, você pode ler um resumo aqui).

São oficialmente três dias de festa, quando os “desejos da carne” tornam-se “toleráveis”.
Três dias que anteve
em a quarta-feira de cinzas que, segundo a tradição cristã, marca o início do período conhecido como Quaresma: um período de purificação e de preparação para a Páscoa.

Durante esses quarenta dias, aqueles que quiserem se redimir dos pecados cometidos durante a “festa da carne”, deverão seguir as recomendações da Igreja, que incluem jejum e oração. Assim, as cinzas destes pecados poderão ser apagadas e esquecidas, pois o vento as levará e fará com que se percam pelo ar.

Será!?

Bem, conforme a Rachel contou em O Carnaval da Palhaça Ranzinza, há exatamente uma semana, estivemos em meio a toda essa confusão de significados que descrevi acima.

Na terça-feira de carnaval, chamada popularmente de “a terça-feira gorda”, eu e a Rachel fomos curtir o Carnaval. E eu também preciso compartilhar o bem que vi nesta história.

No início deste texto, citei parte da canção “Preciso me Encontrar”, uma composição de Antonio Candeia Filho, imortalizada na voz de Cartola (Você pode ouvi-la na playlist do Olha Bem pq Bem Tem no Spotify).

A letra me fez refletir bem sobre o que para mim é o Carnaval.

É quando muitos esquecem dos seus problemas, e onde desejam ir para que possam rir e, pelo menos ali, naqueles dias não chorar. Perdem-se, e por isso precisam se encontrar para assim poderem voltar.

É assim que é…

Sou carioca da gema que sou, nascido em uma terça-feira, exatamente uma semana antes do Carnaval, no tradicional bairro das Laranjeiras, bem ao lado do sambódromo da cidade maravilhosa. Talvez seja por isso que eu vivo em festa, em alegria, no otimismo de sempre. Com um jeito brincalhão de ser, mas também constante busca de me encontrar.

Eu e o carnaval somos amigos, e durante muito tempo foi nele que me deixei ir. Mas fazia algum tempo que não comemorávamos esta a juntos. Talvez porque eu também tivesse a ideia de que Carnaval é pecado, pecado do qual eu deveria me redimir logo em seguida.

O tempo passou…

Cinco ou seis carnavais passaram sem que eu comparecesse a essa grande festa. E então voltei para ver como é que andavam as coisas…

Assim como a grande parte das pessoas, eu não sou o mesmo de cinco ou seis carnavais atrás.
Por isso, meus desejos e procuras desta vez foram outros… E aí consegui “olhar” um Carnaval que ainda não tinha visto dentre tantos outro que vivi.

Vi uma comemoração, vi alegria, vi bagunça e também desorganização. Nessa desorganização, também enxerguei um “eu” que um dia existiu e que também se permitia “desorganizar” durante estes dias de festa.

Foi aí que me veio a seguinte reflexão, um novo porquê (PQ): o Carnaval é aquilo que pensamos dele!

Assim como em qualquer momento de comemoração, o controle deve ser nosso.

E naquele instante eu vi festa, comemoração, alegria, amor. E quando o momento fugia do que eu via, e eu não podia fazer nada para mudar aquele cenário, eu me mudava. E seguia livre com alegria para outro lugar, como a festa, como o Carnaval.

Foram alguns lugares, foram muitos olhares. E após encontrar a alegria naquela comemoração, decidi voltar para descansar. Agora, mais atento e consciente de que somos os principais autores dos nossos desejos. E saber o que se quer é o início para alcançá-los.

Queria alegria, amizade, sobriedade, diversão. E quando o cansaço chegou, não restavam mais motivos para ficar.

Estava ali um Carnaval que me dava uma lição do BEM para toda vida. Ele se ia, mas como em uma fotografia, ficavam os registros de todos estes ensinamentos, para que sejam recuperados em todas as outras comemorações.

Queridos leitores, convidamos vocês a refletirem com nossas opiniões, e ficaremos superfelizes com seus comentários ao final deste post. Você pode comentar, inclusive, logando com suas contas do Facebook e do Google+.

Desejamos a você muitos outros carnavais! E lembre-se: Carnaval é aquilo que pensamos dele!

Muito obrigado e… #olhabempqbemtem

Luiz Felipe Sandins Mendonça

Trilha sonora deste post:

Preciso Me Encontrar – Cartola

Luiz Felipe Sandins Mendonça

Luiz Felipe é um empresário com alma de artista. Desde 2019, ele ajuda pessoas a terem mais saúde e qualidade de vida através dos produtos da Omnilife. Dono de uma mente extremamente criativa, otimista incorrigível, é ele o criador do Olha Bem pq Bem Tem.

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